A edição de 1992 do Camel Trophy prometia ser tão emocionante e apresentar tantos desafios como a edição anterior. No entanto, as condições atmosféricas acabaram por ser diferentes, tornando o terreno mais seco do que era esperado.
Apesar disso, as 16 equipas participantes encontraram outros desafios, como o pó vermelho que se levantava pelo caminho e que encobria grandes buracos, alguns deles do tamanho de um Land Rover. Também as grandes raízes que saíam do terreno macio, sempre presentes, apresentavam dificuldades acrescidas.
A travessia de rios foi constante, à medida que a caravana subia de Manaus, no Brasil, até à Guiana. Para cruzar a fronteira entre os dois países, foi necessário atravessar o Rio Takutu.
Depois da fronteira, a caravana continuou para Norte, através do Rancho Dadenawa, passando pela vila Letham e entrando na savana Rupununni. Daí, seguiram através de Annai até ao Rio Essequibo.
Pouco depois, a jangada entrou em acção, para ajudar as equipas a atravessarem o rápido Rio Potaro.
Restava apenas continuar para Norte, até ao final em Georgetown.
Durante esta edição, e pela primeira vez, os participantes tiveram a oportunidade de se aventurarem sem o recurso aos carros, tendo passado dois dias a caminhar pela selva e a navegar em barcos, desde Kangerooma até às imponentes cataratas Kaieteur.
Para muitos, este foi o ponto alto desta edição, ao introduzir um elemento extra de aventura e ao permitir ver de perto uma das mais espectaculares cataratas do mundo.